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O desejo da mãe de Louis

  Louis Althusser carregava no nome o anúncio do desejo de sua mãe. “Lui, esse pronome de terceira pessoa que, soando como a chamada a um terceiro anônimo, me despojava de toda personalidade própria, e fazia alusão a esse homem às minhas costas: Louis, meu tio, que minha mãe amava, e não eu”. Batizado com o nome de um morto, a quem sua mãe estava prometida e iria casar, Althusser revela que “talvez esse nome dissesse um pouco demais, em meu lugar: oui, e eu me revoltava contra esse “sim” que era o “sim” ao desejo de minha mãe, não ao meu. Em “O futuro dura muito tempo” (1985), o filósofo escreve de seus afetos e de seus fantasmas, associa recordações e tenta dar um arranjo para o crime que cometeu. Cinco anos antes da publicação, Althusser havia estrangulado sua mulher Hèléne enquanto massageava a frente de seu pescoço. Diagnosticado com uma crise de melancolia aguda e tido como impronunciado , o filósofo foi legalmente impossibilitado de dizer do seu ato. Condenado a um não há lugar ,

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